A maior fabricante de computadores do Brasil aposta em preços menores que os produtos concorrentes e na oferta de conteúdo nacional dedicado, tanto de aplicativos quanto de serviços.
O tablet da Positivo – batizado de Ypy - em versão com tela de 7 polegadas chega ao varejo na segunda quinzena de outubro com recursos de comunicação sem fio (Wi-fi e 3G), ao preço de R$999.
O valor, porém, pode ser reajustado caso o dólar mantenha a recente trajetória de alta, segundo o presidente da Positivo, Hélio Rotenberg.
Contudo, a empresa se esforçará para manter o tablet no preço anunciado, afirmou o executivo. Um outro modelo, de 10 polegadas, deve chegar ao mercado ainda este ano, sem preço definido ainda.
O dólar rompeu na manhã de segunda-feira a barreira de R$1,80 pela primeira vez desde julho de 2010, em meio à crise de dívida na Europa e após o rebaixamento da rating da Itália. A moeda norte-americana terminou o dia valendo 1,7908 real para venda, em alta de 0,8%.
Apesar da possível revisão do preço mesmo antes do lançamento, a empresa espera uma boa receptividade para seu tablet, embora não tenha divulgado metas de vendas.
O Ypy terá uma gama de conteúdo dedicado ao consumidor brasileiro, todo em português, o que é considerado pela Positivo como um diferencial frente aos tablets importados.
A Positivo vai disponibilizar um portal de seus produtos com lojas de livros, músicas e, principalmente, aplicativos – mais de 300 prometidos quando as vendas começarem.
- Acreditamos que vamos ter um bom posicionamento no mercado de tablets – disse Rotenberg. “A Positivo vai utilizar recursos de pesquisa e desenvolvimento (com orçamento de R$40 milhões no ano) para fomentar o desenvolvimento de aplicativos no Brasil.”
A entrada da Positivo no mercado de tablets acontece em um momento em que o governo desonera o segmento e em que grandes marcas mundiais que também se firmam na disputa pelo crescente mercado, como Apple, Samsung e ZTE. As duas últimas têm, inclusive, produtos na mesma faixa de preço do Ypy.
O lançamento oficial do produto era bastante esperado e deve levar a um aperto das margens da Positivo no curto prazo, ainda que possa ser rentável no longo prazo.
- Está cedo para dizer ainda, não temos ideia dos custos e da margem do equipamento, mas parece ser competitivo contra o iPad e ter mais qualidade do que os genéricos – disse o analista Leonardo Bardese, da corretora BGC Liquidez.
As primeiras unidades do tablet da Positivo estão sendo produzidas na fábrica da empresa em Curitiba (PR), mas a produção será estendida depois para a unidade de Manaus, dependendo das vantagens logísticas, disse Rotenberg.
Outro segmento que a companhia pretende estrear é o de computadores com a nova geração de chips de alta velocidade da Intel, os chamados ultrabooks.
- Claro que temos trabalhado fortemente nessa tendência junto com a Intel e a gente pretende lançar (o ultrabook) – disse o vice-presidente de Novos Produtos e Procurement da Positivo, Isar Mazer, a jornalistas.
Fonte: Correio do Brasil
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